QUEM FOI DOM ALOÍSIO LORSCHEIDER

sexta-feira, 7 de setembro de 2012





HUMANISMO
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Filosofia que tem como foco o homem. A história registrou muitas formas de humanismo, religioso ou não, mas todas elas concentraram-se no estudo do ser humano. De modo geral, o humanismo prega que todas as pessoas têm dignidade e valor, e, portanto, devem fazer jus ao respeito dos seus semelhantes.
Embora o humanismo se origine da vida e do pensamento na Antiguidade greco-romana, ele floresceu como movimento histórico na Europa do séc. XIV ao séc. XVI, formando a essência intelectual do movimento cultural conhecido como Renascença. A atitude humanista em relação à vida mantém-se até os dias atuais.
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A Criação de Adão, do artista humanista Michelangelo, na Capela Sistina, no Vaticano, Itália.
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O Desenvolvimento do Humanismo. O movimento humanista no início da Renascença começou com a redescoberta das obras dos clássicos gregos e romanos. Esses escritos eram desconhecidos na Europa desde o declínio do Império Romano ou eram conhecidos apenas em parte, e de forma pouco precisa. Os humanistas se interessavam pelos clássicos, não só porque eram modelos de estilo literário, mas porque eram espécies de guias para a compreensão da vida.
Essa tentativa de compreender o mundo chocou-se com a ênfase com a qual muitos sábios medievais ensinavam o desprezo pela vida terrena. Eles consideravam os homens criaturas pecadoras que deveriam devotar suas vidas a tentar ganhar o céu. Os humanistas rejeitavam essa visão da natureza pecadora do homem e uma nova maneira de encarar a vida começou com o renascimento da cultura na Itália, no séc. XIV, e se espalhou pela França, pela Alemanha, pelos Países Baixos e pela Inglaterra. No seu ápice, durante o séc. XVI, o humanismo compunha uma verdadeira sociedade internacional de estudiosos.
PRINCIPAIS HUMANISTASE SUAS INFLUÊNCIAS
A cultura ocidental atual inspira-se, em boa parte, nas características do humanismo. Seu espírito e objetivos ainda influenciam as artes, a educação e o governo.
Artes. Muitos dos primeiros humanistas eram religiosos. Mas a orientação básica de seu trabalho os afastou dos ensinamentos da Idade Média, que pregavam a rejeição ao mundo e aos prazeres terrestres. Ao contrário, os humanistas defendiam um reconhecimento mais contumaz da realidade da natureza humana.
A literatura humanista é realista, crítica e, com frequência, cômica. O poeta italiano Petrarca, por exemplo, retratou a Laura de seus sonetos como uma mulher real, não um símbolo religioso medieval. O holandês Erasmo foi um padre que tentou encontrar elementos comuns no pensamento cristão e na filosofia grega. Mas sua principal obra, Elogio da Loucura, foi uma crítica espirituosa e satírica dos reis e clérigos, assim como um reconhecimento do erro humano.
O inglês Geoffrey Chaucer, em Contos de Cantuária, e o italiano Giovanni Boccaccio, em Decamerão, contaram histórias engraçadas que mostram uma compreensão vívida da natureza humana. O francês François Rabelais satirizou a Igreja, as universidades e outras instituições nas obras Gargântua e Pantagruel. Rabelais combinou uma vasta cultura e uma grande sabedoria com disparates. O humanista inglês Tomás Morus era um homem religioso que morreu como mártir. Mas Utopia, seu livro mais conhecido, criticava a sociedade de sua época. Embora todos esses escritores cultivassem altos ideais de humanidade, encaravam a natureza humana de modo sincero e imparcial.
A tentativa humanista de encarar a vida de forma ideal, mas também realista, pode ser apreciada na pintura e na escultura. Os pintores e escultores renascentistas continuaram a criar arte religiosa para decorar as igrejas, mas abandonaram gradualmente o estilo rígido e convencional da arte medieval. Eles desenvolveram técnicas que enfatizavam a individualidade. Os pintores humanistas também prenderam-se a assuntos não religiosos, como grandes batalhas, retratos e outros temas clássicos. Nos Países Baixos, Pieter Bruegel, o Velho, pintava cenas vívidas e precisas da vida camponesa. Os escultores humanistas, como Donatello e Michelangelo, criaram estátuas realistas, ricamente detalhadas e altamente individualizadas. Todos esses artistas desnudaram o ser humano para retratá-lo tal como era, com suas variedades de atitudes, gestos e personalidades. Sua arte também expunha o homem como um ser majestoso e digno de admiração.
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Giovanni Boccaccio em obra de Pieter Bruegel.
A Educação, para o humanista do Renascimento, significava o treinamento do cavalheiro ideal ou homem universal. Uma pessoa desse tipo era habilitada em diversos campos de conhecimento, entre eles a arte, a ciência, os esportes e a política.
Mais tarde, no séc. XIX, o humanista inglês Matthew Arnold estabeleceu uma série de metas que representavam provavelmente a melhor descrição do ideal humanista moderno na educação. Arnold queria que os homens soubessem “o melhor do que já foi pensado e dito no mundo”. Seu ideal era o indivíduo cujos potenciais se encontrassem em equilíbrio; um ser humano que possuísse conhecimento, soubesse conviver com seus semelhantes, apreciasse a beleza e tivesse altos padrões de julgamento moral.
Atualmente, a educação humanista concentra-se nas ciências humanas, que normalmente abrangem a religião, a filosofia, as línguas, a literatura, a história e as artes. Todos esses assuntos concentram-se em ideais humanistas. Tentam interpretar o significado da vida humana, ao invés de descrever o mundo físico ou a sociedade.
Governo. A oposição humanista à tirania política exerceu grande influência nas revoluções norte-americana e francesa, no final do séc. XVIII. Tanto a Declaração de Independência, dos Estados Unidos, quanto a Declaração dos Direitos do Homem, na França, afirmam a dignidade do homem, e por isso são documentos não só políticos como também humanistas. Benjamin Franklin, Thomas Jefferson e outros líderes da revolução norte-americana encontram-se entre os principais humanistas de sua época.
O Humanismo Atual. Muitos educadores e filósofos acreditam que o maior desafio do humanismo provém de uma ênfase muito acentuada nas ciências e na tecnologia. Eles avaliam que as conquistas científicas trouxeram muitos conhecimentos e grande poder ao homem, mas sustentam que o humanismo deve ensiná-lo a utilizar esses recursos de maneira humana e moral.              
(http://www.klick.com.br/enciclo/encicloverb/0,5977,POR-4876,00.html)

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